Pinturas de Gonçalo Ivo de 4 de outubro a 2 de novembro 2013 na Paulo Darzé Galeria de Arte
Esta é a primeira vez que Gonçalo Ivo realiza uma individual na Bahia. A mostra, com abertura no dia 4 de outubro, às 19 horas, e temporada até 2 de novembro, apresenta pinturas em aquarela e óleo sobre tela, em grande e em pequenos formatos, e objetos em madeira. Acompanha a mostra um livro sobre a obra do artista com 116 páginas.
A arte de Gonçalo Ivo é considerada pela crítica uma obra no pleno domínio da pintura aliado ao conhecimento dos materiais de trabalho, do manejo de tintas, dos pigmentos, das cores e dos pinceis, mas também dos feitos técnicos e poéticos dos grandes artistas, como afirma o crítico Fernando Cocchiarale, domínio que atravessa os vários períodos da pintura de Gonçalo Ivo, um abstracionista muito especial, pois as ligações com o real coexistem na sua pintura, ficando evidente essa fascinação de ser um colorista nato, que domina a cor como poucos, levando-o a uma excelência do fazer artístico.
Artista nascido no Rio de Janeiro em 1958, filho do poeta Ledo Ivo, com atelier em Paris e Rio, e exposições em vários países da Europa, da América e estados brasileiros, tendo participado de bienais, e uma bibliografia com várias publicações no Brasil, Itália e França sobre sua obra que integra, entre outras, coleções como a do Itaú Cultural, Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes, Pinacoteca de São Paulo, Union de Banques Suisses.
Para Paulo Venancio Filho, no texto de apresentação da mostra “A geometria nunca esteve tão presente como nestas pinturas, embora não seja esta uma pintura geométrica, strictu sensu, por assim dizer. A geometria é aqui uma estrutura que está além da superfície, subjacente e profunda, ancorada e estruturada a partir de uma presença inefável mais do que instrumental e que se deixa contaminar com outras experiências do mundo. O que hoje, talvez, possa parecer um fenômeno anacrônico por sua exigência meditativa e introspectiva. Por exemplo: entre as formas que aparecem nestas pinturas, a cruz não é só geometria, e a cruz grega não é só simetria, de modo que quando estas formas aparecem, aparecem contaminadas de um conjunto de experiências que vão da reminiscência da espiritualidade a vivacidade da dimensão sensorial - a geometria ainda traz tanto evocações coletivas esquecidas e arcaicas quanto um modo de atentar uma visão possível do mundo”.
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