Crise faz com que jovens empreendedores busquem novos negócios através da internet
Comércio de itens como roupas e acessórios estão em alta no mercado web
Somente na Bahia, houve um aumento na taxa de desemprego de 12,7%, no segundo trimestre do ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de desocupação, no estado, chegou a ficar acima da média nacional, que girou em torno de 8,3%. Mas enquanto grandes empresas fecham as portas, a criatividade toma conta de jovens que encontram, através da internet, alternativas para driblar a recessão e empreender.
“Momentos de crise são oportunos para pensar novos negócios e os ambientes virtuais são grandes aliados, por possibilitar um espaço de troca dinâmico, interativo e com custos bem mais baixos de divulgação”, explica o diretor de criação da Sigu - Agência de Marketing Digital, Vitor Gouveia. Segundo ele, pequenos empresários podem optar por iniciar negócios, com o uso de ferramentas como Facebook e Instagram, segmentando e direcionando produtos e serviços a públicos previamente definidos, tendo retornos, sem que isso implique em gastos com criação e manutenção de estrutura física, como escritórios.
Foi o que ocorreu com a publicitária e blogger de moda, Juba Morais, de 33 anos. Após ser demitida de uma agência de publicidade, em Salvador, ela buscou novas oportunidades na área, mas não conseguiu devido à crise econômica. “Em momentos como esse, o mercado publicitário sofre bastante com cortes de verba e as empresas acabam enxugando o quadro de funcionários”. Sem perspectiva neste ramo, a jovem resolveu concretizar um sonho que a persegue desde a época da faculdade, mas que nunca teve a oportunidade de colocar em prática: montar o próprio negócio.
“Abrir uma loja física, com custos fixos altos nem passou pela minha cabeça, ainda mais com o cenário econômico atual. Então parti pra pesquisa sobre consumo de moda em redes sociais. Percebi que existem perfis de lojas que conseguem manter um bom número de seguidores. Diariamente, posto looks femininos, o que faz com que as pessoas interessadas me procurem em busca das peças e da minha assessoria”, afirma a empresária.
Como o maior índice de desemprego está entre o público feminino (15,3%), a decisão da nova empreendedora foi a mais acertada, já que o número de pessoas que passaram a trabalhar por conta própria atingiu a marca de 22 milhões, em todo o país, ainda de acordo com o IBGE. Mas para quem busca os meios virtuais, assim como Juba, precisa ficar atendo às armadinhas deste ambiente. “É importante saber gerir e monitorar corretamente as redes sociais, para conseguir alcançar os resultados esperados”, conclui o especialista da área de tecnologia.
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