DICINHO E EDINÍZIO NA 3ª BIENAL DA BAHIA
Artistas que influenciaram o visual de estrelas da MPB da década de 1960 têm obra e trajetória registrada pelo Departamento a Todo Vapor. Seção Tropicalidade, que será aberta ao público no dia 16 de julho, no Museu Carlos Costa Pinto
Os artistas visuais Dicinho e Edinízio têm obra e trajetória registradas na exposição que será aberta no dia 16 de julho (quarta-feira), às 19h, no Museu Carlos Costa Pinto (Corredor da Vitória). Museu Imaginário do Nordeste, Departamento A Todo Vapor. Seção Tropicalidade reúne em duas mostras monográficas, além de pinturas, desenhos e esculturas dos autores, capas de discos e documentos relacionados a produções dos dois feitas para estrelas da MPB. A mostra integra a programação da 3ª Bienal da Bahia, realização da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA).
“Dicinho e Edinízio foram de certa forma grandes protagonistas da construção de uma visualidade tropicalista”, define Ayrson Heráclito, um dos curadores chefes da 3ª Bienal da Bahia e curador do projeto montado no museu. Os artistas trabalharam com criação de cenários e figurinos de nomes como Caetano Velloso, Os Mutantes, Jards Macalé e Ney Matogrosso.
Edinízio é o autor das capas dos discos Expresso 2222, de Gilberto Gil; Índia, de Gal Costa; e Drama, de Maria Bethânia. Dicinho fez a capa Psicodélico, de Gal. Os artistas foram criadores de vanguarda que integraram o grupo de artistas de Jequié, que se destacou nas décadas de 1960/70.
Dicinho é também escultor e desenvolveu uma técnica particular na elaboração de matéria plástica feita com polpa de papel para criar relevos e esculturas. “Edinízio, que morreu precocemente em 1976, ficou com sua obra dispersa. No Departamento, é feito um resgate de 29 obras e documentos de sua autoria. Até então não se tinha muita dimensão de sua importância, pois foi um artista meteórico”, explica o curador.
Museu Imaginário do Nordeste
O Departamento A Todo Vapor. Seção Tropicalidade faz parte do Museu Imaginário do Nordeste, uma das estruturas curatoriais desta terceira edição da Bienal da Bahia. Marcelo Rezende, curador chefe da Bienal e diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), enfatiza que a ação não é um museu imaginário da cultura nordestina: “É mais ou menos como você imaginar que o Nordeste tivesse recolhido várias ações de qualquer parte do mundo e reunido em salas dedicadas a diferentes assuntos”.
SERVIÇO Museu Imaginário do Nordeste Departamento a Todo Vapor Seção Tropicalidades
Quando: 16 de julho (quarta-feira), às 19h. Visitação: Seg a sáb, das 14h às 19h (exceto terça-feira quando o espaço fecha)
Onde: Museu Carlos Costa Pinto (Av. Sete de Setembro, 2490, Corredor da Vitória, Salvador)
Nenhum comentário:
Postar um comentário